quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Una Cancíon, Capítulo 22 - Despertando a Mia interior

Notas iniciais: Preparem os corações, porque forninhos vão cair!

E se tem Mia no título, é porque o capítulo promete muito romance e mimimi. Prontos para despertar a Mia que existe em você?
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Ponto de vista da Dulce

- Ei Dulcezito, melhora essa carinha e vem cá – chamou Any indo até a porta. Se ela não tivesse ido “regatá-la” Dulce achou que teria ficado parada ali olhando a porta do quarto fechada para sempre – Você não bebeu nenhuma taça de vinho até agora. Precisa se animar chica, não é todo dia que se ganha uma festa surpresa dessas.

- Eu sei, Any – afirmou Dul forçando um sorriso para a loira – Mas com os remédios que estou tomando achei melhor não arriscar bebendo nada alcoólico – explicou ela com um fato que era real, mas talvez não toda a verdade.

Toda a verdade era que ela não estava no clima pra festas. Desde que eles aparecerem em seu quarto com todas aquelas bebidas, comidas, flores e balões, Dul teve que fingir que estava super feliz e agradecida. Depois então com a aparição de Ucker e a discussão deles, ela só queria mandar todo mundo embora, se enfiar embaixo das cobertas e dormir por uma semana. Se tinha uma coisa que Dulce não gostava era quando as pessoas se tornavam muito prestativas e cuidadosas com ela. Mesmo que estivesse de fato um pouco “debilitada” por causa de sua perna, María ainda não via motivo para todo aquele “mimimi”. Apesar de estar tentando disfarçar, a cara de Dulce deve tê-la denunciado. Ou era apenas o instinto infalível de Anahí agindo novamente quando ela disse- A culpa disso tudo foi minha... - Any foi com ela até uma mesa que estava cheia de salgados, longe do resto do pessoal.

- Do que está falando? - perguntou Dulce, e realmente não tinha entendido do que a amiga estava falando ou a que se referia.

- Christopher... - disse Anahí, e a olhou com uma cara de cachorro sem dono, como se aquilo explicasse tudo. Dul apenas fez um gesto de dúvida, sinalizando que ainda não tinha entendido. Depois de um suspiro a loira continuou – Foi minha a ideia de não chamá-lo, porque eu sabia que o Diego estava por aqui. Mas também não me assegurei de que ele não soubesse da festa nem previ que ele teria a brilhante ideia de aparecer aqui do nada... Seria melhor se eu tivesse dito a ele que você estava de repouso total e não podia receber ninguém ou algo do tipo. Enfim, toda essa gafe foi culpa minha Dul, me desculpa!

- Anizita, acho que você deve ter tomado a sua e a minha cota de vinho essa noite – comentou Dulce María, rindo – Claro que não foi sua culpa, sua boba! Ninguém imaginava que o Chris viria pra cá. Até o assessor dele parecia surpreso. E pelo que eu sei, você ainda não tem o dom da premonição, tem? - elas riram e por isso nem perceberam que alguém se aproximava delas.

- Qual foi a piada? Quero rir também – disse Diego com sorriso caloroso e seu carisma sempre presentes. Dul e Any, ainda aos risos, desviaram o olhas e tentaram difarçar.

- Nada não – respondeu Dulce – É só que uma certa loira que não vou dizer quem é, bebeu um pouco além da conta hoje...

- Eeeei – reclamou Anahí – Não vou ficar aqui ouvindo essas calúnias a meu respeito, adiós! - e com o nariz empinado e batendo os pés, a loira saiu de perto deles.

- Não ligue pra ela, Diego. Any sabe que só estou enchendo o saco, apesar de ter falado apenas a verdade – explicou Dulce ainda rindo quando viu a cara que o garoto fazia.

- Bom se você diz... Mas é até bom que ela tenha saído mesmo porque... - ele fez uma pausa enquanto se aproximou lentamente de Dul – Queria falar com você em particular...

- Pode falar... - respondeu a ruiva enrugando a testa. Ela tinha que inclinar um pouco a cabeça para olhar o rosto dele de tão perto que Diego Boneta tinha chegado.

Só de o garoto ter vindo até o hotel onde o RBD estava hospedado apenas para vê-la já tinha sido uma tremenda prova de que Maite e Any estavam certas. Ele provavelmente estava afim de algo muito além de amizade com Dulce. Ele certamente foi ao show e viu que ela havia se machucado, porque as amigas juraram de pé juntos que não o haviam avisado de nada, e ele tampouco tinha tentado entrar em contato com elas. Por isso o ex-Rebelde descobriu sozinho onde eles estavam hospedados e de alguma forma conseguiu chegar ao quarto de Dul. Se isso não era estar interessado nela, a cantora não sabia o que era. E logo que chegou Diego já se mostrou preocupado com o machucado da garota. O que ele possivelmente não esperava eram encontrar tanta gente sentindo o mesmo naquele momento. Por causa da “festa” promovida por Any, o ator não tinha conseguido se aproximar muito de Dulce María. Pelo menos não até aquele momento...

- Sabe esse nosso reencontro ontem no restaurante, foi muito inesperado mas ao mesmo tempo senti que estava destinado a acontecer – Dulce engoliu em seco e tentou não revirar os olhos para aquele papinho dele – Me fez reviver sentimento que eu nem sabia que tinha... Você é uma garota incrível, Dul. Linda, talentosa, simpática, divertida... sempre me chamou a atenção. Mas nunca tinha olhado pra você dessa maneira até agora...

- Hmmmm... - foi o único som que María conseguiu emitir enquanto dava um sorriso forçado. Droga, ela tinha que dar um jeito de fugir dar “garras” dele o quanto antes.

- Acho que já entendeu a que me refiro – continuou Diego – Sei que está solteira, eu também estou... Então porque não tentamos nos conhecer melhor e ver o que rola... - nesse momento Boneta se aproximou com claras intenções de beijá-la. Dulce arregalou os olhos e fez a primeira coisa que veio a cabeça para evitar aquilo.

- Aaaaai! - gritou a ruiva inclinando o corpo para frente e colocando a mão na perna que calçava a bota ortopédica, como se tivesse sentido uma pontada de dor – Acho que preciso me sentar de novo...
Diego imediatamente a ajudou a andar até a cama e Anahí se juntou a ele para acomodar Dulce com as pernas esticadas no colchão e um travesseiro em suas costas. Depois daquela encenação, Dul fez o possível para manter Any, Maite, ou quem quer que fosse por perto, para não ter que ficar a sós com Diego de novo. Não sabia se ele tinha reparado que estava sendo evitado, mas alguns minutos depois ele disse que precisava ir embora, pois tinha um compromisso. María se sentiu um pouco mal de ter rejeitado o garoto daquela forma, mas também se sentia aliviada de se ver livre dele. Sua cabeça já estava ocupada e confusa o bastante por causa de Christopher, não precisava de mais romance para se preocupar.

E foi só lembrar de Chris que seu alívio deu lugar a uma tristeza imensa. Só conseguia pensar nele entrando no quarto com aquelas flores, e como ela tinha ficado feliz por um momento. Mas em seguida, com a atitude de Ucker, tudo fora por água abaixo. Ele se mostrou hostil e incomodado com a presença de Diego. E quando foi embora ainda trocaram farpas completamente desnecessárias. Se aquela “festinha surpresa” de Any tinha o intuito de deixá-la mais animada, tinha falhado completamente. O pior de tudo era que Dul estava profundamente arrependida do que dissera. Tudo bem que Christopher não tinha sido exatamente um cavalheiro e também a ofendera. Mas ela não precisava ter jogado aquela história do passado na cara dele. Mesmo que ele já não estivesse nem aí pra ela, devia ter doído.

A cabeça de Dulce María parecia que ia explodir, por isso ela decidiu parar de pensar tanto e começar a agir. E faria aquilo imediatamente. Disse a todos que ainda estavam em seu quarto que se sentia cansada e precisava repousar. Aquela era a vantagem se se estar realmente “doente”. Ninguém contestou e logo todo tinham ido embora, até mesmo Any, depois de perguntar se ela não precisava de nada. Esperou alguns minutos e enquanto se levantou, deu apenas e uma breve checada no espelho para ver como estava e depois deixou o quarto. Foi andando o mais rápido que seu tornozelo torcido permitia pelos corredores do hotel, em direção ao quarto de Ucker. Ainda não sabia direito o que diria, nem como diria, mas, assim como havia decidido, não ia mais ficar pensando tanto no que fazer. Ia seguir seu coração e tomar uma atitude de uma vez por todas.

Quanto bateu na porta do quarto seu coração estava na garganta, quase pulando pra fora. Mesmo assim, ela tentou continuar respirando normalmente. Chris abriu e a olhou sem entender absolutamente nada. Ele usava um pijama listrado de shorts e camiseta. O cabelo estava despenteado e o barba por fazer. Sua aparência não era das melhores, mas para Dulce ele nunca estivera mais bonito. Só de olhar para ele o nervosismo todo desapareceu e ela instantaneamente começou a se sentir mais leve. Sorriu, enquanto ele ainda mantinha a expressão incrédula no rosto.

- Desculpa te acordar uma hora dessa... - começou a ruiva.

- Não me acordou. Eu estava deitado vendo tevê só... O que faz aqui?

- Boa pergunta – disse ela dando um riso bobo – Nem eu sei direito porque vim até aqui... Quer dizer, na verdade eu sei, mas não sei como tive coragem de vir. Mas o que importa é, que já estou aqui, não quero pensar muito nas consequências dos meus atos. Parece que tudo dá sempre errado quando eu penso demais, então eu apenas tive vontade de vir e aqui estou eu. Mas sim eu tenho algo a dizer. E não importa se você vai querer me ouvir ou não, vou dizer de qualquer jeito. Por que eu preciso, entende? - ela disse tudo aquilo sem parar para respirar. As palavras foram saltando de sua boca, e no fim pareciam que não faziam muito sentido. Ela estava ficando nervosa de novo.

- Na verdade não – respondeu ele com sinceridade levando uma mão até a nuca e massageando a área com os dedos. A imagem fez María perder ainda mais a concentração – Mas, tudo bem. O que quer me dizer?

- Eu, é... O que eu quero dizer, ahm, ok – gaguejou ela fazendo força para colocar os pensamentos em ordem, pelo menos só por um momento – Eu quero pedir desculpas, Chris. Pelo jeito como falei com você agora há pouco lá no meu quarto. Eu não devia ter me exaltado tanto.

- Olha, você não tem que pedir desculpas por isso. Afinal, eu também me exaltei, e também fui grosso sem motivo. Provavelmente nos dois agimos muito mal. Os dois deviam pedir desculpas, então tecnicamente nenhum dos dois tem que pedir, certo...

- Hmmm isso não faz muito sentido – Dul se sentia eufórica por acertar logo as coisas com ele, mas parecia que aquela ideia de pedir desculpas não ia levá-los a lugar algum – Olha, o que importa é que eu não quero mais que isso aconteça. Não posso mais viver assim. Estou desde o começo da turnê querendo me aproximar de você, mas parece que tudo o que eu faço só o afasta mais de mim. E todo os momentos que estamos juntos só o que fazemos é brigar. Isso é, no mínimo, insensato!

- É, talvez você tenha razão... - murmurou Ucker enquanto parecia estar refletindo sobre o que a ruiva dissera.

- Por isso é que eu quero propor uma trégua! Chega de brigas! Chega de viver que nem gato e cachorro. Chega de viver que nem Roberta e Diego – aquele exemplo tinha acabado de surgir na cabeça de Dulce e ela se espantou com o quanto se adequava a eles. Não é que estavam mesmo dando uma de Roberta e Diego nas últimas semanas?

- Roberta e Diego – repetiu Christopher e depois deu um risinho – Acho que ainda temos que comer muito feijão com arroz para se igualar a esses dois.

- Talvez... Mas estou falando sério, Chris. Eu já não estou aguentando mais. Sei que também não quer viver brigando, e sei que também não gosta dessa distância entre nós. Eu entendi que você não quis mais saber de mim por eu não ter confiado em você quando me contou da traição do Luis Rodrigo. Mas eu queria que tentasse entender que também não foi legal para mim ver você com a Linda. Ambos passamos por coisas ruins. Superá-las só depende de nós, mas acho que devíamos fazer isso juntos...

- Você está certa – disse ele pegando Dulce um pouco de surpresa. Mais surpresa ainda ela ficou quando viu o sorriso brincalhão em seu rosto - Mas então, se não vamos ser mais Roberta e Diego, quais personagens podíamos ser para fazer isso dar certo?

- Que tal Mia e Miguel? - sugeriu María entrando na brincadeira – Acho que um pouquinho daquele “mimimi” não faria nada mal a nós...

- Ótima ideia... - falou Ucker enquanto sua expressão divertida dava lugar a um sorriso malicioso – Mas se é para ser Miguel, então vamos fazer isso direito...

Ponto de vista de Ucker

Antes que Dulce pudesse mudar de ideia ou fugir, ele a pegou no colo e a trouxe para dentro do quarto. Ucker ainda não acreditava que tal cena era real, e nem que Maria realmente estava ali, disposta a dar uma chance para os dois. Mas no momento, o melhor coisa a se fazer era se entregar àquele instante e deixar todas as outras questões para mais tarde. Afinal, não era todo dia que a oportunidade batia à sua porta, literalmente.

- Ai Miguel, me põe no chão! Me coloca no chão agora, seu caipira grosso e estúpido! – ela brincou, batendo as mãos em seu peito e dando gritos estridentes, bem com o jeito da Mia.

- Não, não! Você precisa de cuidados especiais, Mia. Por mais que não queira, eu vou cuidar direitinho de você – Respondeu, colocando-a delicadamente sobre a cama, com as costas apoiadas na cabeceira e as pernas esticadas.

- Ahh, mas o que você vai fazer? Olha lá, hein seu caipira! Cuidado com os meus pés de princesa – Maria disse com um sorriso brincando em seus lábios, o que só servia para deixá-lo ainda mais encantando.

- Calma, Mia! Eu só vou fazer uma massagem, para aliviar a dor! Confia em mim, tá bem? – Ela assentiu com a cabeça, o que deu mais coragem ao rapaz – Chega um pouquinho mais para frente para eu sentar atrás de você.

- O quê? – A ruiva fez cara de quem não estava entendendo nada.

- É, Mia. Vou massagear suas costas, por isso preciso me sentar atrás de você – Explicou.

- Mas... – ela ainda parecia confusa.

- Você pensou que eu ia mexer no seu pé? Não, de longe se percebe que está muito inchado. O melhor a se fazer é deixar esse tornozelo quietinho aí. Vou focar o tratamento em aliviar o estresse que o trauma causou, entende? – Ele fez uma típica encenação de doutor receitando um tratamento para um paciente debilitado para tornar a situação ainda mais divertida.

- Ucker, ou melhor, Miguel, você não existe, sabia? – Ela riu do exagero do companheiro.

- É, eu sei, eu sei... sou um caipira único – Gabou-se enquanto a ajudava a se posicionar mais para frente na cama. Depois, se encaixou no espaço entre ela e a cabeceira e puxou seus cabelos para o lado, a fim de começar a massagem – Agora feche os olhos e relaxe. Preciso que inspire profundamente e solte o ar devagar.

- Isso é uma massagem ou uma aula de ioga? – Ela perguntou de forma irônica.

- Não conteste os meus métodos, Mia. Apenas faça o que peço – Respondeu em tom sério, fingindo não querer ser contrariado.

- Ai Miguel, também não precisa ser grosso!

- E você não precisa ser tão dona da razão.

Um momento de silêncio tomou conta do quarto. Por um rápido instante, Ucker temeu que a trégua tivesse acabado. Mas na sequência Dulce soltou uma gargalhada tão alta que foi contagiante. Quando os dois se deram conta, ambos estavam rindo sem parar, tanto que chegavam a perder o fôlego.

- Mia, comporta-se! Você está atrapalhando a minha massagem – Christopher disse quando conseguiu normalizar a respiração.

- Está bem, está bem... Pode começar, eu juro que vou ficar aqui, quietinha! – Ela prendeu os cabelos em um coque meio solto no topo da cabela e depois pousou os braços ao lado do corpo, ficando imóvel, como prometido.

Christopher começou apertando as mãos no ombro da ruiva de forma delicada. Ele movia os dedos seguindo algumas dicas que aprendera com um massagista que o atendera certa vez durante uma turnê. Ele respirava fundo, controlando os movimentos para não ultrapassar nenhum limite antes da hora.

- Estou vendo que você está com um top por baixo. Se importa de tirar a blusa para eu poder continuar? – Ele perguntou temendo estar indo longe demais. Mas, para sua surpresa, Maria tirou a peça, ficando apenas com um top preto.

Ucker foi descendo por suas costas, apertando e massageando. Aos poucos, ele sentiu Dulce relaxar, o pescoço pendendo um pouco para o lado denunciando que estava gostando da sensação. Ele então voltou a subir pelo corpo da ruiva, focando no ponto abaixo da sua nuca. Usando os dedões, ele fazia movimentos circulares de forma suave. Era difícil resistir à tentação de abraçá-la e enchê-la de beijos, mas ele resistiu da melhor forma que pode. Não era o momento para precipitações ou passos em falso, ele repetia para si mesmo na tentativa de manter o foco.

- Para um caipira, você até que leva jeito para isso – Ela disse com a voz relaxada.

- Fica fácil quando a pessoa tem uma pele tão macia – As palavras escaparam da sua boca antes que pudesse medi-las. Ele piscou, nervoso, temendo ter falado demais, mas Maria continuou relaxada na sua frente, o que sem dúvidas era um bom sinal.

- E um simples contato de pele pode fazer milagres desse jeito? – A ruiva questionou um pouco sem graça.

- Pode fazer muito mais do que isso, Dulce. Você nem imagina o poder que tem sobre mim.... – Ucker confessou, a voz entrecortada pela emoção. Que toda a cautela fosse para o inferno! Ele queria ter Dulce só para ele e faria o que fosse possível para conseguir.

- Que tipo de poder? – Ela questionou virando o pescoço para tentar vê-lo melhor.

- Eu... eu não sei explicar... – Ele passou as mãos no cabelo, nervoso – Mas é mais ou menos assim...


“Que por un beso puedo
Conquistar el cielo
Y dejar mi vida atrás
Quiero pertenecerte
Ser algo en tu vida
Que me puedas amar"

Christopher cantou um trecho da música no ouvido de Dulce, unindo uma de suas mãos a dela sobre a cama. Aquela canção sempre fazia com que ele se recordasse de Dulce, justamente por ter sido tema do casal Roberta e Diego.

“Con un abrazo fuerte
Hacerte una poesía
Renunciar a lo demás
Y en cada frase oculta
De lo que tú digas
En un beso hablará
Ya no me queda duda
Solo ven y escucha
Decidamos comenzar”

Ela fechou os olhos e encostou o corpo contra o dele, deixando-se envolver pelos versos da canção. Quando Christopher parou de cantar, ela demorou para falar algo, como se estivesse tentando entender os verdadeiros significados daqueles versos – Essa não é a música do Miguel e da Mia – Ela disse, por fim.

- Tanto faz, Dulce. Pode ser a nossa agora, é só você querer – Ele sussurrou em seu ouvido, acariciando a pele do seu pescoço. Tomando coragem, Christopher foi inclinando o corpo em direção à ruiva, até que suas bocas finalmente se encontrassem. Ele temeu que ela fugisse ou o renegasse, mas isso não aconteceu. Foi um beijo lento, quente, cheio de paixão e saudade.

Empolgado pelo beijo, Ucker levantou-se da cama para posicionar-se em frente a Maria. A partir daí, o encontro pegou fogo. Ela se jogou nos braços de Christopher, como se não conseguisse mais conter o desejo que tinha de estar junto dele. Chris, por sua vez, a segurava como se ela fosse o tesouro mais precioso do mundo, ao mesmo tempo que investia contra a ruiva com beijos e pequenas mordidas de forma ardente e sedutora.

Com muito cuidado para não encostar no pé machucado, ele a deitou na cama e tirou o seu top. Lentamente, distribuiu beijos desde a base do seu pescoço, passando pelo seu colo e descendo pela barriga. Os movimentos eram calmos e precisos, nunca demorando tempo demais em um lugar, mas sempre usando o tempo correto para causar a sensação certa.

Dulce se remexia na cama, os olhos fechados, sussurrando baixinho o nome de Christopher. Para atiçar ainda mais a ruiva, ele desceu por sua cintura e abriu o zíper da saia antes de deslizá-las por suas pernas e arremessá-la no chão.

Ele parou por um instante, admirando o corpo da bela mulher que Dulce se tornara. – Que vontade eu estou de você – Ucker comentou antes de beijá-la nos lábios intensamente.

- Tinha dias que eu achava que essa saudade não iria caber dentro de mim – A ruiva confessou, acariciando o rosto do rapaz.

- Mas agora... – ele beijou sua testa – eu vou... – desceu para o seu pescoço, onde demorou um tempo mais – matar toda essa saudade – Christopher finalizou a frase, descendo novamente pelos seios da ruiva, causando arrepios por onde passava.

- Ucker... – Ela protestou, tentando tirar as roupas do companheiro.

- Shiiuuu... Não quero que você faça esforços – Ele apontou para o pé da ruiva, com um sorriso travesso no rosto – Hoje todo o trabalho vai ficar por minha conta.

Com movimentos rápidos, o cantor livrou-se de suas roupas ficando apenas com uma boxer preta. Ele então deitou-se ao lado da ruiva, acariciando e beijando seu corpo até que ela atingisse o clímax.

- Mi Chris... – A ruiva pediu baixinho, o corpo se contorcendo de desejo.

Com muita delicadeza e calma, ele terminou de despi-la, aproveitando para tirar a única peça de suas roupas que faltava. Depois, ele se posicionou sobre ela e os dois fizeram amor lentamente, como se desejassem que a magia daquele momento durasse para sempre e fosse capaz de contagiar todas as pessoas do mundo. O sentimento de ter a amada em seus braços, completamente entregue a ele, era única. Ele sentia seu coração batendo forte, o sangue fluindo em suas veias, a troca de amor que acontecia ao tocar a pele dela. Era incrível como ao lado da Dulce ele se sentia muito mais do que completo. Ele sentia que era invencível, dono do tesouro mais precioso de toda a terra.

- Dulce Maria, por favor, nunca mais me deixe ficar longe de você – Christopher pediu, desabando ao seu lado na cama, a respiração ainda entrecortada, as mãos abraçando-a forte como se tivesse medo que ela fugisse.

- Nem se você quisesse, Chirstopher von Uckermann. Agora nada mais vai separar a gente. Dessa vez é para sempre – Maria sorriu de uma forma carinhosa enquanto se aconchegava em seus braços, o amor transbordando pelos seus olhos.

- Pra sempre minha e pra sempre seu – Naquele momento tudo fez sentido. Aquele era o destino que o universo havia desenhado para eles. E agora que finalmente tinha compreendido isso, Ucker não deixaria que nada mais o separassem.
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Notas finais: PA-RA TU-DO! Que capítulo mais romântico foi esse? Eu aposto que você suspirou ao terminar de ler! Vaaai, pode assumir, eu deixo! Afinal, quem não queria viver uma cena dessas?

E agora? Será que esse casal vai ficar junto de vez? Ou Dul vai ceder aos encantos do Boneta?
Será o fim das brigas? Será que mais uma reviravolta vai acontecer? Será que chove em São Paulo? Quantas perguntas, ó Deus! rs!

Olha, só posso dizer uma coisa: eu e Saritah andamos inspiradas. Então, esperem coisa boa por aí!

E você, meu caro leitor anônimo, fale seu nome para a gente! Pode se soltar, aqui você está em casa, ok?

É isso! Beijos, cuidem-se e digam o que acharam desse cap mega especial!

Fiquem bem,